Fatores humanos

O Montado do Freixo do Meio é um espaço de cooperação, de inclusão, de desenvolvimento pessoal, de trabalho e de construção de comunidade.

Fatores humanos

Em 1990, uma nova geração aceitou o desafio de gerir a Herdade do Freixo do Meio, após a reversão da expropriação, consequência da revolução de 75.

A agroecologia foi eleita como ética para guiar a atividade, regressando ao agroecossistema medieval do Montado, como forma de abordar o presente e de construir o futuro.

O Montado do Freixo do Meio é um espaço de cooperação, de inclusão, de desenvolvimento pessoal, de trabalho e de construção de comunidade. A sua missão assenta na exigência, na transparência, no conhecimento e na inovação de um modelo de agrofloresta hoje enriquecido pelas visões da ciência, da permacultura e da soberania alimentar.

Diariamente, o objetivo é melhorar a relação da ação humana com os recursos: água, solo, biodiversidade, energia, ciência e cultura. A aposta é claramente na eficiência real dos processos e na utilização de recursos naturais, assim como na redução de resíduos e da pegada ecológica.

Uma equipa de 30 colaboradores interage com o ecossistema obtendo hoje um conjunto de mais de 300 alimentos de produção própria em agricultura biológica, transformados na herdade e distribuídos através de um modelo de produção e consumo de proximidade agroecológico, de uma loja online, uma loja física localizada na herdade e uma banca no Mercado de Produtores de Montemor-o-Novo.

O monte da herdade conta com doze micro-agro-indústrias, um restaurante/cantina e alojamento rural.

Em termos de estratégias de gestão, o Montado do Freixo do Meio é composto por quatro tipos: uma área central de montado tradicional com 300 ha (52% do total) e uma gestão mais centrada na produção, uma outra área mais a sul com 97 ha (17%) de montado misto com uma gestão mais orientada para a conservação e para a biodiversidade, quatro áreas de produção vegetal e agroflorestas experimentais que no total perfazem 44 ha (8%) e uma área a norte com 135 ha (23%) de futuro montado, onde vão ser ensaiadas diversas técnicas de instalação e manutenção dos povoamentos com vista à minimização dos efeitos das alterações climáticas.

Além da componente produtiva e social, existe também uma forte componente experimental e demonstrativa. Nesse sentido, sempre se procurou acolher e promover diversas atividades de investigação que permitam, por um lado, validar ou contrariar as ações postas em prática e, por outro, compreender melhor as repercussões das ações realizadas nos diversos sistemas que formam este território.

O Montado do Freixo do Meio foi e continua a ser objeto de diversos estudos, investigações, colaborações e projetos, tendo atualmente diversas parcerias com universidades e outras entidades como a Universidade de Évora, a Universidade de Lisboa, a Universidade de Coimbra, a Universidade Católica do Porto, o INIAV, etc. É ainda um Learning Center da Universidade Gastronómica da Slow Food (University of Gastronomic Sciences – UNISG).

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