A Sociedade Agrícola do Freixo do Meio, Lda., estrutura o trabalho de economia social desenvolvido nesta herdade alentejana há várias gerações, pretendendo essencialmente integrar e regular os diferentes usos deste Bem-comum.

Ilustração: Marcos Oliveira, Grupo do Risco

O objetivo principal da Sociedade Agrícola do Freixo do Meio, Lda é gerir de forma eficiente e coletiva o Montado do Freixo do Meio, por forma a compatibilizar a melhoria permanente da relação com os recursos e a obtenção de abundância de bens e de serviços.

Foi criada em 1996 para gerir os recursos desta herdade no modelo tradicional, mas desde cedo enveredou por um modelo agroecológico.

Embora seja propriedade do agricultor Alfredo Cunhal Sendim, adotou uma fórmula baseada na gestão partilhada do espaço com outros projetos autónomos. A instituição mãe é responsável pela harmonia geral, além de ser responsável pela Área Protegida do Montado.

Os projetos autónomos estabelecidos desde 2009 contam hoje com o Mel da Família Abel, o Pomar do Carlos e da Catarina, os hortícolas e a transformação de carne da Maria, do Afonso e do João (Freixo Alimento), a agrofloresta do Marc, a agrofloresta do Afonso, o viveiro Healing Forest da Raquel e o projeto de inovação tecnológica TTT (Fundação Hella Boccara).

O que nos move hoje e amanhã

Inspirada na essência do Montado, a Sociedade Agrícola do Freixo do Meio promove um espaço de cooperação, de inclusão, de desenvolvimento pessoal, de trabalho e de construção de comunidade. Procura a concretização de uma comunidade que integre harmoniosamente o ecossistema a que pertence, que seja autónoma, resiliente, pacifica e ecuménica, num assumido alinhamento com a visão do Quinto Império de Agostinho da Silva.

A sua missão assenta na exigência, na transparência, na participação sociocrática, no conhecimento e na inovação, enriquecida pelas visões da ciência, da agroecologia, da permacultura e da soberania alimentar.

Agostinho da Silva

Agostinho da Silva

Filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo, pedagogo e tradutor português
1906 — 1994

Apesar de todas as dificuldades, apesar de todos os obstáculos que um sistema económico, que de resto não poderia ter sido outro, lhes levantou, os homens mostraram sempre o seu desejo de cooperação, o gosto da vida em comum em que possam auxiliar-se, puseram sempre como ideal um estado de sociedade, uma organização em que não teriam de separar o seu interesse individual do interesse da comunidade, em que os dois aspetos da sua vida na terra formassem um todo e lhes dessem a harmonia, a paz, a tranquilidade interior que os homens buscam acima de tudo.

 

«As Cooperativas, Iniciação», 1942

Os princípios que norteiam a nossa atividade

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