Ao longo da história do Freixo do Meio muitas pessoas têm-nos acompanhado no nosso caminho. No entanto, algumas delas têm sido absolutamente determinantes na definição das nossas metas. O Paulo Magalhães tem sido uma dessas pessoas que, com um entusiasmo contagiante, nos tem passado valores como o de considerarmos o Sistema Terrestre como Património Comum Intangível da Humanidade que deverá ser gerido de forma comum por todos os que habitam neste planeta e usufruem de um clima estável e confortável.
O equilíbrio climático que foi atingido há cerca de 12 mil anos atrás é bastante único na história da terra e da evolução humana e proporcionou a estabilidade climática necessária à evolução da humanidade e ao seu florescimento, com expressões diversificadas e culturalmente evoluídas. Foi este clima que nos permitiu dominar todos os cantos da terra e sermos capazes de sair do nosso próprio planeta, prosseguindo essa aspiração eterna e prometaica de chegar ao infinito. Foi este clima que nos permitiu ainda ter uma perspectiva da “aldeia global” e do limite dos recursos que estão à nossa disposição.
Apesar de cada país, nesta “aldeia global”, gerir os recursos dos seus territórios com uma perspectiva maioritariamente egoísta, há recursos que só podem ser geridos colectivamente. Tal como não concebemos um prédio sem iluminação e limpeza das áreas comuns, razão pela qual achamos sensato pagar um valor para a gestão do condomínio, também há áreas comuns, recursos e serviços comuns, deste planeta, dos quais todos beneficiamos e deveriam ser geridos colectivamente. Esta é a proposta do Paulo Magalhães, investigador do Centro de Investigação Jurídico-Económica (CIJE) da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, mentor de vários projetos ambientalistas, com trabalho sobre o Estatuto Jurídico do Clima e que tem visto o seu trabalho ser amplamente reconhecido pelas mais diversas instituições.
Paulo Magalhães arrecadou o primeiro prémio dos Prémios Verdes Visão, na categoria Inspiração, no passado dia 5 de Junho, e no dia 9 de julho, foi a vez de receber, das mãos do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, a Medalha Municipal de Mérito, grau ouro.
Para além desta causa o Paulo Magalhães tem organizado cimeiras e declarações sobre o clima, entre outras actividades que ainda incluem presidir à Cooperativa de Usuários do Freixo do Meio, CRL. Tem sido um prazer e uma honra poder partilhar do seu entusiasmo e visão da vida e aqui estamos para partilhar e apoiar novos projectos.
Se ficou curioso com a proposta do Paulo Magalhães consulte a página da organização Common Home of Humanity https://www.commonhomeofhumanity.org/, da qual é fundador e director. Adira à mesma e junte os seus esforços a esta grande causa comum.